A clonagem põe em causa a dignidade humana porque retira aos indivíduos a sua identidade pessoal própria.
A objecção 1, trata-se de um argumento mau, visto que, em primeiro lugar, a individualidade biológica não é sinónimo de individualidade pessoal:
- A individualidade pessoal não se perde por se perder a individualidade genética;
Em segundo lugar, um clone não nasce de um momento para o outro. Este está durante os nove meses no período de gestação, em condições ambientais totalmente diferentes nas quais este foi criado. Por exemplo, uma acriança, filha de pais altos, genéticamente virá também a ser alta mas, contudo, caso não se venha a alimentar correctamente, não actualizará a sua potência genética. Um segundo exemplo, o clone de José Saramago, pode não vir a ser um grande escritor como este, mas sim, um surfista se for criado numa regiãos em que esse desporto seja popular.
Concluindo, não se pode julgar/pensar que um clone de alguém, virá a ser totalmente igual ao da outra pessoa. Os irmãos gémeos iguais, são iguais "por fora", mas "por dentro" podem ser totalmente diferentes.
Objecção 2
A clonagem humana é um grande risco que pode ter graves custos humanos.
No caso da ovelha Dolly, foram necessárias quase 300 tentativas, recentemente, numa gata, foram 87 as tentativas. Verdade que tem vindo a diminuir o número de tentativas mas, têm ainda, um sucesso muito baixo. Ian Wilmut, criador da ovelha Dolly, opês-se contra a clonagem humana mas, recentemente, defende a clonagem terapêutica para tratar a doença de Parkinson e lesões graves da medula espinal mas, actualmete, 98% das tentativas fracassam.
Isso signica que muitos embriões serão destruidos, que muitos recém-nascidos apresentarão deficiências físicas e mentais graves. O que sabemos, é que, os clones não humanos, poucos sobrevivem ao processo, não têm vida longa ou não são saúdáveis.
A objecção 2, apresenta argumentos muito fortes no actual estado de investigação. Há cientistas que a vida começa no momento de concepção, o problema aqui, é que, na clonagem, não há espermatozóide nenhum a fecundar o óvulo. Outros, dizem que só se declara alguém morto, quando o cérebro para de funcionar, então, a vida começa quando o cérebro começar a funcionar.
Objecção 3
A clonagem irá perturbar de modo significativo as relações familiares.
Imaginemos um casal, João e Isabel, estes decidem ter um bebé através da clonagem. João dá a célula somática do qual irá ser retirado o respectivo ADN. Isabel dá o óvulo cujo núcleo é esvaziado do seu ADN.
Quem é a mãe? Podemos dizer que a mãe é a Isabel? E o pai? Podemos dizer que é o João?
Biologicamente, Isabel não é mãe do Miguel, visto que não recebeu os 46 cromossomas, mas sim, os 23 apenas do pai. Genéticamente, João (pai) e Miguel (filho), são irmãos, visto que, o Miguel é um clone do João.
A objecção 3, apresenta fortes argumentos, visto que, João e Miguel são irmãos devido à clonagem mas que, na teoria são pai e filho. Considera-se a clonagem uma forma de reprodução antinatural, mas o mesmo pode-se dizer de uma prática que já não gera grande polémica: fertilização in vitro.
Objecção 4
A clonagem faz ressurgir polémica da eugenia.
Eugenia: deriva do gregoeugénes (eu= "bem", e géneos= "raça, espécia, linhagem"), no oriente, significa, "bem nascido", "de boa linhagem, espécie ou família", biologiacamente, tem uma boa origem e um futuro promissor.
Esta técnica, visa a melhoria das caracteristicas físicas e mentais de indivíduos humanos mediante a selecção de caracteristicas consideradas favoráveis e a eliminação das indesejáveis.
Objectivos:
- Eugenia negativa: o objectivo é eliminar os traços biológicos e psicológicos indesejáveis;
- Eugenia positiva: o objéctivo é promover e aprefeiçoar características desejáveis.
Atualmente, utiliza-se a eugenia negativa quando se recorre a diagnósticos pré-natal, para evitar o nascimento da criança com anómalias muito graves (mongolismo).
A eugenia positiva consiste em seleccionar características desejáveis. Provaelmente, um dia os pais podem vir a escolher a cor dos olhos, do cabelo, e até mesmo, o sexo do bebé.
Mas nem tudo é bom. A eugenia tem uma má reputação, e essa fama é merecida. A eugenia, inicialmente, tem como objectivo evitar doenças mas, actualmente, é utilizada como interesses racistas e de projectos de discriminação das pessoas.
Esta objecção não tem argumentos fortes, visto que, "a eugenia e as suas características não se deveram à clonagem e não há por isso uma ligação necessária entre clonagem de seres humanos e exérxitos de escravos ou produção em massa de ditadores assassinos." ( retirado da página 270).
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